Câncer na Bexiga: Quais são os 4 estágios dessa doença?

Entenda o impacto do Câncer de Bexiga e o que fazer em cada caso.

O câncer de bexiga é um dos tipos mais comuns de câncer do trato urinário, afetando milhares de pessoas todos os anos no mundo. Embora possa ocorrer em qualquer idade, é mais frequente em indivíduos acima dos 55 anos, sendo mais comum entre homens. Este tipo de câncer origina-se a partir das células da parede interna da bexiga, um órgão vital responsável pelo armazenamento da urina antes de sua eliminação. 

Entender as particularidades desse câncer, desde suas causas até os diferentes estágios de progressão, é fundamental para um diagnóstico precoce e um tratamento eficaz. Para isso, classificar o câncer de acordo com seu estágio é uma etapa essencial para determinar a gravidade da doença e a abordagem terapêutica. 

Este texto aborda o que é o câncer de bexiga, como ele começa, os exames necessários para seu diagnóstico e as principais causas, resultando em uma explicação detalhada sobre os quatro estágios desta doença. 

O que é Câncer na Bexiga?

O câncer de bexiga ocorre quando as células que revestem o interior da bexiga começam a se multiplicar descontroladamente, formando tumores. A bexiga, localizada no baixo ventre, é revestida por células especializadas conhecidas como células uroteliais. Essas células permitem que a bexiga se expanda e contraia conforme a necessidade de armazenamento de urina. No entanto, quando essas células sofrem alterações genéticas, podem se transformar em células cancerígenas.

Existem diferentes tipos de câncer de bexiga, sendo o carcinoma urotelial o mais comum, responsável por cerca de 90% dos casos. Outros tipos incluem o carcinoma de células escamosas e o adenocarcinoma, que são mais raros. Ainda, o câncer de bexiga pode ser classificado como superficial, quando afeta apenas as camadas mais internas da bexiga, ou invasivo, quando invade camadas mais profundas, bem como se espalha para outras partes do corpo. 

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Como começa o câncer na bexiga?

O câncer de bexiga geralmente começa com alterações genéticas nas células uroteliais que revestem o órgão. Essas alterações podem ser causadas por fatores ambientais, como exposição prolongada a substâncias químicas nocivas, ou por alterações genéticas adquiridas ao longo da vida. Essas células alteradas perdem sua capacidade de regular o crescimento e divisão celular, levando à formação de um tumor.

No estágio inicial, o tumor pode ser pequeno e confinado à camada interna da bexiga. Neste ponto, o câncer é denominado não invasivo ou superficial. No entanto, sem tratamento, ele pode progredir para estágios mais avançados, invadindo camadas musculares da bexiga ou até mesmo se espalhando para outros órgãos através do sistema linfático ou da corrente sanguínea.

Qual exame detecta câncer na bexiga?

O diagnóstico precoce do câncer de bexiga é fundamental para aumentar as chances de sucesso no tratamento. Um dos exames mais comuns para detectar essa doença é a cistoscopia. Nesse procedimento, o médico utiliza um cistoscópio, um tubo fino com uma câmera, para visualizar diretamente o interior da bexiga. Durante a cistoscopia, é possível identificar anomalias como tumores ou áreas de tecido anormal. Se necessário, o médico pode coletar uma amostra de tecido (biópsia) para análise laboratorial.

Além da cistoscopia, outros exames complementares podem ser realizados:

  • Exames de urina: para detectar sangue ou células anormais;
  • Exames de imagem, como tomografia computadorizada ou ressonância magnética: para avaliar a extensão do tumor e verificar se há sinais de disseminação para outras áreas do corpo.

Quais são os 4 Estágios de Câncer na Bexiga?

A classificação do câncer de bexiga em estágio é baseada na aparência das células cancerígenas ao microscópio e na sua semelhança com as células normais da bexiga. Essa diferenciação ajuda a determinar o quão agressivo o tumor pode ser. Os quatro estágio principais são:

Câncer na Bexiga - Estágio 1

No estágio 1, o câncer de bexiga está restrito ao revestimento interno do órgão, chamado mucosa, e não invade as camadas mais profundas da parede vesical. Por ser um estágio inicial, o tumor apresenta um risco menor de disseminação, mas pode causar sintomas como sangue na urina (hematúria), que pode ser visível ou detectado apenas em exames, e, em alguns casos, dificuldade para urinar. Entretanto, em muitos pacientes, o câncer nesse estágio pode ser assintomático, dificultando o diagnóstico sem exames específicos, como a cistoscopia.

O tratamento geralmente envolve a ressecção transuretral do tumor (RTU), um procedimento minimamente invasivo que remove o tumor e permite a análise de suas características. Para evitar recidivas, especialmente em tumores de alto grau, é comum o uso de imunoterapia intravesical, onde medicamentos são administrados diretamente na bexiga. Este tratamento direcionado ajuda a combater células cancerígenas residuais e reduzir as chances de recorrência.

Câncer na Bexiga - Estágio 2

No estágio 2, o câncer de bexiga avança além do revestimento interno e invade a camada muscular da parede do órgão. Essa progressão torna o tumor mais agressivo e aumenta o risco de disseminação para outros tecidos ou órgãos. Nessa fase, o câncer é considerado invasivo, o que exige uma abordagem de tratamento mais intensa. Os sintomas tendem a se agravar, incluindo dores persistentes na região pélvica, presença contínua de sangue na urina (hematúria) e, em alguns casos, dificuldade para urinar, que pode evoluir para sensação de esvaziamento incompleto da bexiga ou retenção urinária.

O tratamento geralmente envolve uma cistectomia parcial ou total, dependendo do tamanho, localização e extensão do tumor. Antes da cirurgia, é comum o uso de quimioterapia neoadjuvante para reduzir o tamanho do tumor e aumentar a eficácia do procedimento cirúrgico. Este estágio exige um acompanhamento rigoroso após o tratamento para monitorar possíveis recidivas e garantir a recuperação adequada do paciente.

Câncer na Bexiga - Estágio 3

No estágio 3, o câncer já ultrapassou a camada muscular e atingiu tecidos ao redor da bexiga, como a gordura que a envolve, e pode ter se espalhado para órgãos próximos, como próstata nos homens e útero ou vagina nas mulheres. Os sintomas neste estágio geralmente incluem dor persistente na região pélvica, inchaço abdominal e dificuldade significativa para urinar. O tratamento é mais complexo e inclui cistectomia radical com remoção de linfonodos regionais para verificar a disseminação. Ainda, pode ser necessário o uso combinado de quimioterapia e radioterapia para controlar o avanço da doença.

Câncer na Bexiga - Estágio 4

No estágio 4, o câncer atinge sua forma mais grave, com disseminação para órgãos distantes, como pulmões, fígado ou ossos. Essa disseminação, chamada metástase, pode causar sintomas como dores intensas nas áreas afetadas, fadiga extrema, perda de peso significativa e inchaço nas extremidades devido ao comprometimento linfático. O tratamento nesta fase é paliativo, focado no alívio dos sintomas e na manutenção da qualidade de vida. A quimioterapia sistêmica é frequentemente utilizada para retardar a progressão da doença, e a imunoterapia pode ser uma opção, dependendo das características do tumor. Cuidados de suporte, como controle da dor e suporte psicológico, são fundamentais para o bem-estar do paciente.

Cada estágio do câncer de bexiga apresenta desafios únicos, mas o diagnóstico precoce e o avanço das terapias têm melhorado significativamente as perspectivas de tratamento e qualidade de vida dos pacientes. 

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Conclusão

O câncer de bexiga é uma doença que pode apresentar sérias complicações, mas o diagnóstico precoce e a correta classificação do tumor desempenham papeis importantes para um tratamento bem-sucedido. Identificar fatores de risco e reconhecer sintomas iniciais são passos fundamentais para detectar a doença em estágios iniciais, quando as chances de controle e cura são maiores.

Graças aos avanços na medicina, incluindo novas opções terapêuticas e tecnologias de monitoramento, as perspectivas para pacientes diagnosticados com câncer de bexiga têm melhorado significativamente, especialmente quando a intervenção ocorre de forma preliminar e adequada.

Assim, o conhecimento sobre a doença, aliado a medidas preventivas e ao acompanhamento médico regular, continua sendo a melhor estratégia para reduzir os impactos do câncer de bexiga e aumentar as chances de sucesso no tratamento.

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